Maria Martins (Campanha, Minas Gerais, 1894 – Rio de Janeiro, 1973) é uma artista fundamental na história do modernismo brasileiro, no panorama do surrealismo internacional e na história da arte global do século 20. Ela é conhecida por suas esculturas em bronze, seus desenhos e suas gravuras que representam figuras femininas híbridas, bem como mitologias indígenas amazônicas e afro-brasileiras. Casada com um diplomata, a artista passou grande parte de sua carreira no exterior, dividindo-se entre sua prática artística e sua vida cívica. Nos anos 1940, Martins viveu em Washington e Nova York, onde participou da vibrante cena artística local e teve suas obras incorporadas a importantes coleções estadunidenses, como as do Museum of Modern Art, Metropolitan Museum of Art, Philadelphia Museum of Art, entre outras. Em 1950, Martins retornou definitivamente ao Brasil e colaborou de maneira fundamental com a internacionalização de instituições como a Bienal de São Paulo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, além de ter suas obras incorporadas aos acervos do museu carioca e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.