“Era o final dos anos 80. e tudo isso era normal. Pessoas levavam a filha das outras para casa sem avisar. crianças passeavam na caçamba dos carros. ninguém usava cinto de segurança. ansiedade era coisa que se curava com chinelada e\/ou benzedura. E o mais maluco de tudo: existia uma bala assassina. a terrível e deliciosa bala Soft.” Nesse universo tão real quanto imaginativo. Natalia Borges Polesso apresenta duas histórias que trazem um olhar sensível sobre a passagem da sua própria infância para a adolescência. A relação com o irmão mais novo. o possível divórcio dos pais. os afetos pelas amigas e até a melhor forma de manejar um tchaku: tudo pode rapidamente se transformar em dilemas e inseguranças. À medida que as situações vêm à tona. a pequena Natalia vai descobrindo que compreender sentimentos é tatear no escuro e que aprender a tratar das próprias complexidades pode ser justamente o que faz ecoar a individualidade.