Da autora de O som do rugido da onça — vencedor do prêmio Jabuti —. um romance aterrador sobre as consequências perversas da intolerância e da doutrinação religiosa. * Livro vencedor do prêmio Oceanos 2024. na categoria prosa. Um crime choca os moradores de uma pequena cidade no interior do Brasil: uma mulher é queimada viva. em um ritual motivado por razões religiosas. a fim de purificar a vítima e endireitá-la para o \u0022caminho do bem\u0022. A violência parece ter se tornado parte da paisagem: desde que uma comunidade evangélica se instalou na região. episódios do tipo se tornaram cada vez mais comuns. Cabe então ao leitor juntar fragmentos. seguir as pistas e acompanhar os rastros de uma mulher que tenta organizar a narrativa desse trágico acontecimento — enquanto ela mesma tenta lidar com seus próprios traumas e a ausência de um grande amigo. Em Caminhando com os mortos. a premiada escritora Micheliny Verunschk constrói um romance inovador e assustadoramente atual. que demonstra como o ódio às mulheres e às minorias atravessa os séculos. sobretudo quando se vale do fanatismo religioso. \u0022Micheliny Verunschk vai longe e mergulha na história da colonização das Américas através de uma experiência pessoalíssima e terrível de como as religiões foram um braço forte de um projeto que ajudou a destruir um povo e seus costumes. sua terra. sua alegria de viver. sua relação com o divino.\u0022 — Natalia Borges Polesso \u0022Quem chega nas regiões em que tudo é ausência? O que fazem quando ocupam todo o espaço? Caminhando com os mortos é sobre o fogo capaz de queimar Celeste em Tapuio. outras mulheres no Brasil e tantas bruxas ao longo da história da humanidade.\u0022 — Manuela d\u0027Ávila \u0022Como o trágico se constrói através de uma teia de violências. mais ou menos silenciosas? Cumprindo um dos papéis mais fortes da boa ficção. provocando tensões com o real em sua potência imaginária. Micheliny Verunschk nos leva pela mão e pela linguagem ao interior de um Brasil pouco visível. onde habita a fera que pode. também. devorar seu caçador. Se em seu premiado livro era a onça quem rugia. neste há um imenso silêncio. Assombrado.\u0022 — Bianca Ramoneda