Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB)
Saiba mais.
Literatura
A última volta do rio
SKU: 21F
Gratuito
Importante: O produto deverá ser retirado na Central de Distribuição do SisEB
Neste notável romance. Nei Lopes conta a história das mudanças do Rio de Janeiro do século XX através de um típico morador carioca. A última volta do Rio é o lamento de um preto carioca da gema que viveu os anos de ouro da Cidade Maravilhosa e hoje sofre com as mazelas que a estão destruindo. tais como o crime. a corrupção. o racismo religioso e a intolerância. Maurício de Oliveira. o Cicinho. foi o primeiro de sua família a cursar o ginasial. Saído do Irajá. na zona norte do Rio de Janeiro. formou-se em Direito e tornou-se procurador federal. Acompanhou todas as mudanças que o Rio de Janeiro sofreu ao longo dos anos: da transferência da capital para o interior do país (e as disputas que se seguiram) ao surgimento de novos atores políticos — e religiosos — na dinâmica da cidade. Conforme apontou Marcelo Moutinho. na orelha do livro. o percurso de Cicinho “reflete. no microcosmo individual. a trajetória de um país em permanente cataclismo [...]. cheio de impasses. que são esquadrinhados por Nei com verve e ironia”. Nei Lopes vem se empenhando em produzir uma literatura ficcional em que o indivíduo negro e o povo negro em geral sejam protagonistas quase absolutos das tramas que desenvolve. sempre ambientadas a partir dos subúrbios do Rio de Janeiro. Este A última volta do Rio consolida de forma definitiva a força narrativa do autor. “Aquela do presidente preto nunca mais saiu da cabeça do Maurício. Ele sabia que o Brasil tinha preto bom de bola. cantor. dançarino. enfermeiro... Mas presidente da República? Como? A novidade então virou o ‘segredo do Castelo’ ou ‘da Esplanada’. Que ainda hoje. embora não seja oficialmente um bairro. é um importante local do Centro da cidade. Aliás. antes da mudança. era o centro do Centro. por abrigar os prédios das grandes decisões. onde se julgavam os destinos. onde se ouvia a música mais refinada. viam-se os melhores filmes estrangeiros. tomava-se o chope mais bem tirado. cobiçavam-se as mulheres mais bonitas e invejavam-se os homens mais bem trajados. Aqui é que era o Rio. com R maiúsculo.”