\u003Cfont style=\u0022vertical-align: inherit;\u0022\u003E\u003Cfont style=\u0022vertical-align: inherit;\u0022\u003EAo que se diz. o tigre branco é um animal tão raro porque. na natureza. só nasce a um a cada geração. Balram Halwai. narrador do romance de estreia do jornalista indiano Aravind Adiga. recebe esse apelido ainda criança. pois. por sua esperteza e inteligência. destoa dos outros meninos da escola. Nascido numa das Índias. a da Escuridão. zona rural das margens do rio Ganges. vivendo na extrema pobreza e com poucas perspectivas de mudança. o jovem Balram consegue subir na vida. feito surpreendente numa sociedade em que isso não é nada comum. Aliás. sua trajetória é para lá de inusitada: de início. conquista o posto de motorista particular. trabalho de grande prestígio para alguém que pertence a uma casta de doceiros. Depois. serve-se uma garrafa vazia de Johnnie Walker Black para se tornar um assassino procurado pela polícia. A partir desse “ato de empreendedorismo”. como ele mesmo o define. muda de lado e de nome. e vira um empresário de sucesso na outra Índia. a da Luz. em Bangalore. o paraíso da tecnologia. onde dificilmente será apanhado. Essa é a história que o tigre branco conta na longa carta endereçada a Wen Jiabao. primeiro-ministro da China. que. segundo os noticiários. iria à Índia com a missão de observar de perto o desenvolvimento empresarial do país. No entanto. a carta de Balram vai muito além disso. Nela. um narrador desbocado politicamente incorreto. sem qualquer pudor. mas muito envolvente. faz críticas mordazes às relações humanas – especialmente entre classes sociais –. aos princípios morais e à organização da sociedade. de seu país e do mundo contemporâneo.\u003C\/font\u003E\u003C\/font\u003E