No ano de 2025. o Brasil é agraciado pela primeira vez com um prêmio Nobel. Autor de apenas três livros. o escritor e diplomata Cássio Haddames é o improvável laureado. Avesso a eventos literários e a toda forma de exposição midiática. Cássio está suficientemente habituado a lidar com negociações e trocas de interesse para compreender que a campanha oficial de apoio não se restringiu a seu nome e fez parte de uma manobra malsucedida em que literatura e diplomacia eram peças menores de um jogo mais amplo. Nada disso o impede de receber o prêmio em Estocolmo. onde. sem saber. dá o primeiro passo em direção a um abismo em que amor e poder se confundem e no qual Lyrio habilmente lança o leitor.\n\u003Cp\u003EAo somar à motivação subjetiva de cada ação humana sua dimensão política. o autor transita pelo universo das relações internacionais e pessoais. construindo uma história de amor. interesses e vaidades a partir de uma vertiginosa sobreposição de registros e camadas que não só flerta com o surreal mas expõe a inesgotável complexidade humana.\u003C\/p\u003E