Primeiro romance da escritora paranaense Etel Frota. tem como pano de fundo o episódio Cormoran. fato histórico acontecido em 1850. quando a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres. na Ilha do Mel. Paranaguá|PR. abriu fogo contra um cruzador inglês que rebocava três navios negreiros apreendidos no porto paranaense.\n\u003Cp\u003EO capitão Joaquim Ferreira Barboza – sobre quem existem muito poucos dados biográficos – liderou o combate. aparentemente a contragosto. pelo que foi saudado como herói. Ante a repercussão do fato e na negociação diplomática que se seguiu. resultando na extinção do tráfico negreiro. acabou punido. como o único responsável pelo enfrentamento.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EA autora. após 14 anos de peregrinações. cria — por debaixo do uniforme do militar — o homem Joaquim. Inventa-se uma infância. espia-se sua participação na Guerra Cisplatina. Em Paranaguá. ele é posto a conviver com outras figuras históricas e ficcionais. Quem a tudo assiste é Frei Tristão. dominicano chegado de Portugal. um personagem completamente inventado. Outra figura proeminente da história é a escrava Ignácia. personagem real. porém deslocada de seu tempo e espaço para vir habitar este enredo. dando voz e expressão àqueles em cujas peles a história inscreveu – literalmente – seus desmandos e crueldades.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E“O Herói Provisório”. embora peça de ficção. traça um vigoroso painel histórico e humano. um inquietante borramento das fronteiras entre a historiografia oficial e a narrativa de invenção.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EPRÊMIO JOSÉ DE ALENCAR (União Brasileira de Escritores - RJ) 2018 | 2º lugar\u003C\/p\u003E