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Literatura
Memórias Da Infância Em Que Eu Morri
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“A escrita é fluida e nos leva pela mão de maneira natural. Hugo apresenta um vocabulário rico. sem. com isso. causar solavancos na leitura. pelo contrário: soa como conversa ao pé do ouvido. O romance atinge grande beleza e chega a nos inquietar com seu enredo agridoce.\u0022 Leonardo Villa-Forte\n\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\u0022Este \u0027Memórias da infância em que eu morri\u0027 é um romance impactante de muitas maneiras. Nele. temos a chance de acompanhar de perto. pelos olhos de um menino. como podem reagir os membros de uma família frente a uma realidade dura e incontornável. Uma série de elementos vai sendo manejada com habilidade pelo autor. nos apresentando pouco a pouco essa trama tocante. Uma bela estreia.\u0022 Carlos Eduardo Pereira\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ESINOPSE:\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\u0022Memórias da infância em que eu morri\u0022 é um romance narrado em primeira pessoa pelo menino Hugo. de nove anos. Fã de esportes e da leitura de Fernando Pessoa. Hugo recebe o diagnóstico de uma doença grave. logo após ele. os pais e o irmão mais velho se mudarem para uma casa grande. num novo bairro na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O diagnóstico não é bem recebido pelos pais. que passam a frequentar a Igreja com mais afinco e se apegam à religião durante o tratamento do menino. A mãe. principalmente. parece fechar-se em si mesma. isolando-se no quarto do segundo andar. trancada. o que deixa Hugo desnorteado. sem saber a quem recorrer para compreender melhor o que se passa consigo. Numa tentativa de comunicar-se com a mãe. para desabafar sobre seu sofrimento íntimo e tentar entender melhor o que se passa. Hugo começa a gravar fitas de áudio.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EAPRESENTAÇÃO do escritor e crítico literário José Castello:\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E“Todo debruçar sobre a infância é. sempre. uma aventura de grande risco. Hugo Pascottini Pernet. porém. a ela se submete com serenidade e coragem. E mais ainda: apesar do sofrimento inevitável que a experiência envolve. escreve com alegria.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E“Memórias da infância em que eu morri” não é. porém. apenas um livro que aponta para o passado. Aponta. também. para o presente. Ao desenhar o despertar do menino. um acordar para o mundo que se mistura. em paradoxo. com a sombra da morte. Hugo nos apresenta. ainda e. sobretudo. um forte esboço do homem que se tornou.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ESim. porque o subtítulo já nos adverte: Hugo escreve “entre realidade e invenção”. Mas quem pode. sinceramente. dizer o que é a realidade? E quem pode aprisionar e domesticar a idéia da invenção. que é justamente uma abertura para o inesperado e o desconhecido?\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ESobre esse limite delicado – que. no fim das contas. define a própria vida -. Hugo Pascottini Pernet nos narra uma história forte. mas sutil. muito além dos apelos do sentimentalismo. muito além ainda de qualquer lamento. ou piedade. A história de uma conquista.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ESem ceder à auto-comiseração. o narrador de Hugo. que pode ou não ser o próprio Hugo. e na verdade pode ou não ser qualquer um de nós. nos escolta em uma experiência difícil. sombria. que atordoa não só o menino. mas os pais também. Famílias quase sempre adoecem juntas; a doença nunca é um destino solitário.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\u0022A linguagem é clara. mas comovente. e também poética. No fundo. perfila-se a sombra de Alberto Caeiro. o mais delicado dos heterônimos de Fernando Pessoa. Aos nove anos de idade. carregando o fardo de uma doença que não consegue compreender. um menino já sabe que. em situações extremas e de desamparo. só a poesia salva.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EAs idas constantes ao hospital se assemelham a uma descida ao inferno. Ainda assim. o garoto encontra sua maneira de resistir. As palavras – escritas. gravadas. sonhadas – são seu instrumento de guerra.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EHugo Pascottini Pernet nos apresenta a literatura como uma forma de luta. Não basta embelezar o mundo. não basta traduzi-lo ou poetizá-lo. É preciso também ter a coragem de nele perseverar. No lugar da esperança. que muitas vezes é flácida e lamuriosa. a presença firme da perseverança. que nada mais é do que a vontade de viver.” José Castello\u003C\/p\u003E