As histórias de Esther Proença Soares. neste livro \u0022Inventário das sobras\u0022 (selo Escrituras). precioso inventário de alegrias e dores humanas. emprestam ao leitor uma maneira suave e delicada de olhar pequenos encontros e desencontros. em 34 breves contos. A multiplicidade de facetas desse universo de breves narrativas decorre da riqueza de interesses que norteou a carreira da escritora.\n\u003Cfont style=\u0022vertical-align: inherit;\u0022\u003E\u003Cfont style=\u0022vertical-align: inherit;\u0022\u003E\u003C\/font\u003E\u003C\/font\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EGraduada em Letras Neolatinas e em Educação Artística na USP. tem formação em Psicodrama e em Locução de Rádio e inoculou todo esse ecletismo. em graus de distanciamento variados. nas histórias enfeixadas neste livro. Já tinha comparecido antes em livro impresso em áreas diversificadas como marketing pessoal. literatura infantil e contos em literatura para adultos. Sua mais recente intervenção foi o excelente manual para jovens escritores. A arte de escrever histórias. na área paradidática.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ECom olhar aguçado e ao mesmo tempo terno. assumindo em geral a identidade das diferentes personagens que protagonizam os contos. vale-se do narrador em primeira pessoa ou do indireto livre para se aproximar da intimidade deles. buscando construí-los e desvendá-los de uma maneira mais abrangente e enriquecedora. Com a mesma destreza. encara uma personagem infantil (como no delicado “Anjo de boca mole”) e uma limitada e sem perspectivas Luzia. de “Lua crescente”. Boa parte dos contos narra desencontros amorosos e expectativas frustradas iluminadas sempre por um otimismo suave e maduro. No mais das vezes. a clave é romântica. mas de um romantismo sofisticado e autocrítico. apoiado em imagens de humor requintado. O domínio narrativo é sempre exemplar. enlaçando o leitor na trama e conduzindo-o até o desfecho sempre sugerido e não verbalizado.\u003C\/p\u003E