Um filho que não encontra (e nega) o pai há muito tempo se vê obrigado a comparecer ao seu velório. num asilo. Rodeado de velhos moradores. amigos desconhecidos do pai. o personagem narrador evoca uma história do passado. uma viagem de férias em que pai e filho visitam uma antiga vila militar transformada em atração turística. em um local onde o mapa não corresponde ao território e coisas estranham acontecem. as memórias. imagens e reflexões vão sendo resgatadas e recontadas na tentativa de elucidar o real. Algo de perturbador nesses elementos leva pai e filho a estranharem as suas próprias lembranças. a tocarem feridas jamais cicatrizadas e a tensionarem o frágil fio que os mantêm atados.\n\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EDiante dos meus olhos nos desafia a desacreditar as imagens mais evidentes. como se realidade e ilusão não passassem de camadas sensíveis. e por vezes indiscerníveis. sobrepostas à vida. Suas contradições atiram os personagens numa queda vertiginosa em que as certezas se desmancham a cada página.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EO romance recebeu Menção Honrosa no Programa Nascente USP 2015 e no Prêmio Sesc de Literatura 2016. É o terceiro livro de Eduardo A. A. Almeida.\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E