Retratar as nuances dos movimentos migratórios pelo viés da gastronomia é um dos principais objetivos deste livro. que coletou relatos de culturas distintas. alternando ciclos migratórios mais antigos – tais como o de japoneses e coreanos –. com outros mais recentes – como o de nossos vizinhos latino-americanos. muitos dos quais recém-chegados ao Brasil.\n\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ETodos os imigrantes entrevistados revelam a consciência do risco de ir ao encontro do “outro” sem perder a própria essência: um duplo movimento que envolve ser aceito e ao mesmo tempo aceitar. visando ao reconhecimento da própria cultura. enquanto busca adaptar-se à cultura do país estrangeiro. Há nesse movimento. e sempre houve. o receio de não ser aceito naquilo que se é. assim como a apreensão de não reconhecer no país ao qual se aporta o que costumeiramente chamamos de lar.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ENestas páginas. o leitor vai conhecer a história daqueles que enfrentaram todos os riscos em busca de oportunidades e cultivaram a coragem onde antes prevalecia a incerteza. É nesse tecido fino e laborioso que a vida da cidade de São Paulo se expande a cada ano e se torna cada vez mais rica. plural e valiosa. A verdade que este livro traz à tona é que os imigrantes não precisam de nós mais do que precisamos deles. Eles nos trazem também a oportunidade do encontro com a diferença. que enriquece. para além de nosso paladar. a nossa própria identidade. Afinal. o outro é também como eu: fato hoje tão evidente. quanto negligenciado.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EVamos conhecer a riqueza dessas histórias de luta e coragem?\u003C\/p\u003E