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Literatura
Calliope: A Escrava De Atenas
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Eis aqui a estória de uma família de pessoas comuns na Atenas do século V antes de Cristo – o chamado “século de ouro”. o século de Péricles. da democracia. da Guerra do Peloponeso. das grandes artes. dos grandes nomes. Reconheço que foi um gesto ousado ter dado liberdade à inspiração para escrevê-la. Mas uma pesquisa meticulosa embasando o relato. aliada à observação e reflexão sobre os meandros da alma humana. veio me entusiasmar e incentivar. tornando-se tão valiosa que acabou fazendo parte do livro. na forma de um Apêndice numerado. É possível achar. num primeiro momento. que este romance deveria ter sido escrito obedecendo as regras. forma e linguagem usados nas tragédias e épicos escritos à época que ele descreve. como Eurípides. Homero. e tantos outros. Porém. inexiste aqui a pretensão de se equiparar o presente relato aos grandes clássicos da literatura da antiguidade. seja em sua forma. linguagem. abordagem ou conteúdo. Trata-se. no romance. de uma estória de ficção. uma fantasia. uma deliciosa viagem para a Grécia antiga. buscando cativar. encantar e entreter o leitor. reportando-o à esta época da História que. bem sei. pode perfeitamente prescindir de tais artifícios para ser apreciada. admirada e estudada. A questão da linguagem. no entanto. não restou esquecida. Deveriam ter sido empregados linguagem e modo de falar semelhantes aos dos mencionados clássicos. visando nessa tocante estreita e estrita fidelidade à época? Poderia ser empregada linguagem atual sem colocar em risco a credibilidade do relato nem roubar o valor da profunda pesquisa sobre a época. seus valores. instituições e fatos. pesquisa esta que conduziu toda a confecção da obra com o objetivo de lhe dar substância e consistência? Tal era minha indagação diante da tela em branco e do cérebro cheio de cenas. episódios e acontecimentos querendo ser transcritos. colocados no papel e. finalmente. lidos. Aquiesci à urgência da estória em ser contada. e optei por escrevê-la na linguagem atual. aquela com a qual o leitor não acadêmico está mais habituado. de modo a não desestimular sua leitura. levando-o confortavelmente para dentro da casa desta família helênica. a qual. o leitor verá. não distava tanto dos nossos próprios lares e corações. Curiosamente. foi a leitura de Aristófanes – dramaturgo cômico do século V a.C. – que me mostrou haver eu escolhido o caminho mais acertado. Dividido em 12 capítulos. cada um levando o nome de um dos doze deuses do Olimpo. conforme sejam estes mencionados pelos personagens. o texto traz ainda uma numeração entre parênteses. que remete ao Apêndice – este sim em forma e linguagem didática. trazendo todas as notas de pesquisa. de modo que o romance esteja alinhado com os fatos e personagens históricos. costumes. leis e passagens da época descrita. Que assim como aconteceu comigo. o leitor encontre nessa viagem ao passado um elo entre o mundo antigo e o século XXI.