A sensibilidade do antropólogo baiano Cássio Duarte da Costa é aguçada por um Brasil tingido pelo machismo e pela discriminação étnica. social e política. Indignado com as injustiças e desigualdades. ele tenta desvendar o seu passado e influir nos movimentos sociais.\n\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EA busca o leva aos primórdios da exploração dos povos nativos e aos matizes da escravidão. Assim. Cássio descobre a biografia de Eusébio. um escravo usado como reprodutor. que palmilha o Rio Grande do Sul de ponta a ponta. no crepúsculo da Revolta Farrapa. e se converte num revolucionário. O africano incumbe-se de vingar as torturas e desumanidades impostas aos indígenas e aos negros. Inspirado nessa figura ancestral o antropólogo se joga num projeto audacioso. apoiado pela bravura. ousadia e generosidade de mulheres insubmissas.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EA obra pontua cenas épicas e regionais com narrativa ora crua. ora sensual. É um romance histórico que não revela heróis ou personagens livres de contradições. mas destila conflitos encravados na abundância dos afortunados ou no desespero e na inconformidade de quem luta para sobreviver.\u003C\/p\u003E