Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB)
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Literatura
50 Contos E 3 Novelas
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Os contos de Sérgio Sant\u0027Anna parecem demonstrar que há uma narrativa latente em todas as coisas do mundo: no quadro de Balthus e na entrevista do assassino psicopata. no concerto de João Gilberto que não houve e na foto desbotada do Rio dos anos 20. na aula de filosofia e na carta de amor. na conversa telefônica e no frango do goleiro. Até na página em branco há uma história que pede para ser escrita. nem que seja a crônica da impotência do escritor para escrevê-la.\n\u003Cp\u003ETodos esses temas estão reunidos nesta antologia. e cada um deles traz uma maneira diferente de narrar. um vocabulário. uma dicção. um ritmo e uma duração que lhe são próprios. Mas apesar da variedade de temas e de formas. a prosa narrativa de Sant\u0027Anna tem um estilo. uma assinatura. uma voz inconfundível: é sempre possível sentir o timbre cálido. entre o lírico e o irônico. do autor.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003EA exemplo de muitos dos maiores escritores da modernidade. Sérgio Sant\u0027Anna rompe as fronteiras entre os gêneros. em especial entre o ensaio e a ficção.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ENo que diz respeito aos temas. por trás da sua grande variedade é fácil perceber nos relatos do autor algumas constantes: as perversões sexuais no limite (ou além) do descontrole. a fronteira tênue entre a razão e a loucura. as relações movediças entre amor e morte. Em certos momentos. o escritor tangencia o universo de Nelson Rodrigues. em outros o de Dalton Trevisan. em outros ainda o de Rubem Fonseca.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003ELiteratura que se expressa numa escrita maleável. que transita do coloquial ao protocolar. do científico ao confessional. Prosa cambiante. porosa. permeável às nuances da vida.\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\u0022A aguda consciência da relação simbiótica entre forma e matéria é uma das qualidades que fazem de Sérgio Sant\u0027Anna um contista por excelência. um mestre da narrativa curta.\u0022 - José Geraldo Couto. na introdução do livro\n\u003C\/p\u003E\u003Cp\u003E\u003Cbr\u003E\u003C\/p\u003E